Nesse tempo de dificuldade e distanciamento, Papa Francisco, por vezes tem ressaltado em suas homilias uma palavra que nos traz alento: esperança.
Diante de toda crise, o ser humano tem o poder de se reinventar e recomeçar, e com isso também nascem as ideias. Frente a esse cenário, é no mundo da tecnologia que fomentam as principais novidades, como os incontáveis aplicativos que surgiram nos últimos meses a fim de auxiliar, entreter e suprir as necessidades que se manifestaram com o isolamento social.
Temos visto como a tecnologia tem nos auxiliado nesse período, permitido que atividades simples do cotidiano sejam feitas o mais próximo possível da rotina a qual estávamos habituados, além isso, tem feito que as pessoas não se sintam tão sozinhas, através dos Apps de mensagens e videochamadas.
Por meio da tecnologia, foi permitido que, nesse momento, pudéssemos viver a nossa fé, mesmo com a distância. O isolamento nos separa daqueles que amamos e daquilo que nos faz bem, mas através da tecnologia, a fé tem nos unido.
De acordo com Marcos Kalil, pesquisador e professor de Semiótica, as redes sociais, espaços em que os indivíduos cada vez mais constroem suas identidades e se interligam em comunidades, passaram a ser os canais pelos quais, não só a sacramentalidade era erigida, mas também a pertença comunitária das igrejas podia ser vivenciada. Conclui ainda: “As redes sociais são a praça pública do século XXI onde os fiéis querem poder demonstrar sua fé. A praticidade e o alcance difuso desses meios serão aliados para mobilizar e engajar os católicos do nosso tempo.” (Fonte: Vatican News)
Nesse contexto, para onde estamos caminhando? Como será a comunicação quando voltarmos a nossa vida de antes, ou para o “novo normal”?
Não sabemos com precisão para onde estamos indo, mas ao observamos o momento atual é possível imaginar que já não somos mais os mesmos e com isso, nossa forma de comunicar também está em constante processo de transformação.
Com a restrição geográfica imposta pelo confinamento, as paróquias viram a necessidade de explorar novos espaços e manter as práticas do cotidiano pastoral, desta forma, os meios digitais fizeram toda diferença na propagação da evangelização, na comunicação da palavra e no alcance da mensagem. Entretanto, como afirmou o Papa Francisco: “Não podemos comunicar verdadeiramente se não nos envolvermos pessoalmente, se não podemos atestar pessoalmente a verdade da mensagem que transmitimos”.
O comunicador católico possui imensa responsabilidade acerca daquilo que comunica. Não se trata apenas de capacidade profissional ou das mais variadas e atuais ferramentas utilizadas, mas de comunicar essencialmente a espiritualidade que vivemos.
Como destacou o Papa Francisco na mensagem enviada aos membros da Associação Católica de Imprensa que organiza a Conferência Católica dos Meios de Comunicação, enfatizando a importância dos meios de comunicação diante da pandemia do Coronavírus “precisamos de meios de comunicação capazes de construir pontes, defender a vida e abater muros, visíveis e invisíveis, que impedem o diálogo sincero e a verdadeira comunicação entre pessoas e comunidades”.